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Xilograficamente

Vários autores têm investigado a relação entre arte e técnica, seja no intuito de decifrar a origem e o valor da elaboração artística, seja com o propósito de entender como as revoluções tecnológicas têm impactado os modos de produção, pensamento e criação.  Theodor Adorno, por exemplo, considera que a técnica é tanto a lógica da obra quanto a causa de sua perplexidade a respeito da realidade: está construída pelos problemas da obra em si e pelos desafios que encontra ao ser realizada.

 

Se pensarmos nos procedimentos técnicos que unem os artistas desta exposição – a gravura em madeira ou xilogravura –, essa interpretação pode fazer algum sentido. Gravar uma madeira implica lidar com a especificidade do material: rigidez, dureza e resistência, além dos veios mais ou menos sinuosos. Cada madeira oferecerá diferentes características e adversidades que inevitavelmente se farão visíveis no trabalho. Apesar disso, dependendo do modo como o artista se adapta à matéria e extrai dela seu potencial expressivo, conseguem-se gravuras de uma leveza e agilidade à partida inimagináveis. 

 

A mostra contou com obras de artistas oriundos de diferentes formações artísticas e trânsitos por diferentes ateliês e práticas em coletivos como Santidio Pereira, Luisa Almeida, Gabriel Balbino, Kamila Vasques, Igor Santos, Julia Bastos, Rafael Toledo e Fernando Melo.

Produção: Marta Masiero

Expografia: Adriana Yasbeck

Design: Paulo Otavio

Montagem: Marcio Rene

Galeria SESI Artes Visuais, Campinas, São José dos Campos, Itapetininga, São José dos Rio Preto, SP

2018

A arte é capaz de fazer sutis e complexas ligações entre o dizível e o indizível,  o "eu" e o outro, o individual e coletivo, a clínica e a política, o fazer artístico, principalmente quando colocado no contexto de uma construção coletiva, é sempre uma experiência forte.

Lula Wanderley

@celocas___

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