Ocupação Xilográfica
Ocupação Xilográfica é uma exposição que se multiplicou em diversos espaços do Sesc Birigui, realçando a vitalidade de processos contemporâneos dentro da xilogravura e a intensa pesquisa que cada um dos 11 artistas desenvolve, seja com suas investigações sobre a cor, seja com a diversidade de abordagens do desenho e a espacialidade do trabalho. As obras expostas apresentam vários formatos e escalas de trabalho, desde o livro de artista até interferências no edifício, além de experiências baseadas na matriz xilográfica: a madeira, que, como linguagem e resistência material, influencia a criação das imagens.
Os artistas que participam da mostra compartilharam ateliês e usufruíram diferentes aprendizagens práticas e teóricas que influenciam seus modos de produzir. Para seguir explorando a geração de imagens a partir da vivência coletiva, a exposição conta com um ateliê e uma programação de oficinas em que o público poderá experimentar técnicas variadas, assim como ver a exibição temporária de suas produções. A proposta é que esta seja uma mostra muito ocupada, visitada e vivenciada, para ampliar nossa maneira de imaginar a imagem gravada.
Fernando Melo
Gabriel Balbino
Igor Romualdo
Jovana Basilio
Julia Bastos
Kamila Vasques
Lira
Luisa Almeida
Rafael Toledo
Santidio Pereira
Tais Melo
Créditos das fotos: Everton Ballardin e Ronaldo Gomes
Quando se pensa em xilogravura, é comum imaginar alguém sentado comodamente, entalhando com facas e canivetes pranchas de madeira que, após entintadas, são impressas sobre papel, para depois se converter em ilustrações de livros ou ser expostas na parede, uma vez emolduradas. Esse processo, que hoje é tido como artesanal, em seu tempo foi considerado uma revolução tecnológica quando associado à invenção da imprensa tipográfica.
A xilogravura, no entanto, é uma técnica milenar cujos primeiros registros datam de aproximadamente 2 mil anos atrás e são provenientes da Índia e de diversas regiões da Ásia. Na época, era empregada a técnica da aplicação de carimbos, ou “block print”, na estampagem de tecidos ou na reprodução de textos chineses, com a utilização de “tipos” (ou letras) de madeira. Como eram materiais perecíveis, é provável que sua origem seja ainda mais remota. Os historiadores divergem ao determinar sua antiguidade, já que a estampagem em tecido tem relação com a história da moda, enquanto a história da xilogravura ocidental costuma se restringir a impressões sobre papel dentro do circuito artístico e não leva em conta as imagens impressas para outros fins. Se cruzarmos as diferentes histórias das técnicas de impressão, poderemos considerar que o formato da xilogravura é imprevisível, assim como o gesto e os corpos que atuam nessa linguagem. Uma “xilo” pode ser um simples carimbo, uma técnica que torna possível repetir palavras ou imagens e expandir-se pelo mundo, diluindo inclusive sua autoria.
Ocupação Xilográfica é uma exposição que se multiplica em diversos espaços do Sesc Birigui e procura realçar a vitalidade de processos contemporâneos dentro da xilogravura e a intensa pesquisa que cada um dos 11 artistas desenvolve, seja com suas investigações sobre a cor, seja com a diversidade de abordagens do desenho e a espacialidade do trabalho. As obras expostas apresentam vários formatos e escalas de trabalho, desde o livro de artista até interferências no edifício, além de experiências baseadas na matriz xilográfica: a madeira, que, como linguagem e resistência material, influencia a criação das imagens.
Os artistas que participam da mostra compartilharam ateliês e usufruíram diferentes aprendizagens práticas e teóricas que influenciam seus modos de produzir. Para seguir explorando a geração de imagens a partir da vivência coletiva, a exposição conta com um ateliê e uma programação de oficinas em que o público poderá experimentar técnicas variadas, assim como ver a exibição temporária de suas produções. A proposta é que esta seja uma mostra muito ocupada, visitada e vivenciada, para ampliar nossa maneira de imaginar a imagem gravada.
Produção Executiva: Marta Masiero e Elena Grosbaum
Expografia: Adriana Yasbeck
Design: Paulo Otavio
Montagem fina: Marcio Rene
SESC Birigui/SP